No começo de 2011, umas das coisas mais sensacionais da minha carreira aconteceu: eu fui trabalhar com o Arnaldo Antunes.
Ele foi convidado para desenvolver um projeto para a reestruturação editorial da MTV, com um foco muito grande na música.
Não foi minha surpresa, quando descobri que eu iria cuidar do que seria o Grêmio Recreativo!
Para começo de conversa o Arnaldo foi um dos responsáveis por minha opção por estudar cinema. Passei muito tempo da minha vida escutando, lendo e assistindo às coisas dele (O VHS “Nome”, rodou e rodou meu videocassete).
Depois de algumas conversas chegamos ao formato: todo mês o Arnaldo elegeria um casting de músicos para ensaiar um repertório num dia e executar um show no outro. Me parecia arriscado (por algumas vezes cheguei a perguntar se era isso mesmo, um dia?!!). Depois definimos que o show seria realizado em “undergrounds”, não teria entrevistas. No final, o Arnaldo seria o agregador sonoro, o padrinho apadrinhado.
Isso possibilitou surpresas como essa:
O mais difícil foi achar a narrativa de um projeto que conta tanto com o inesperado. Aí valeu a experiência em edição que acumulei na frente de um monitor de Avid/Final durante quase 10 anos.
Esse encontro do Arnaldo, com o Paulo Miklos, com o Catatau (e todo o Cidadão Instigado), com o Otto, com a Bárbara Eugênia, arrematado pelo Odair José, foi pura emoção.
canal: MTV
ano: 2011